terça-feira, 31 de maio de 2016

Amantes de livros


Relato amigo

Nota do blogue: É com muito carinho que recebemos esse relato amigo. Deus seja louvado sempre!

Letícia de Paula

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"O blog a grande guerra me ajudou muito na minha formação católica. Pelo fato de sempre abordar diversos temas, especialmente para donzelas, foi algo que influenciou muito em minha caminhada de aprendizagem.

As postagens são sempre instrutivas, os livros fornecidos são de um conhecimento inesquecível, verdadeiras raridades. Sempre que alguém precisa de ajuda, eu não hesito em recomendar o blog para que a pessoa possa usufruir dos conhecimentos ali presentes. Todas adoram. Eu, como administradora de um blog, sempre busco artigos edificantes para publicar.

Em todos os quesitos o blog a grande guerra é bom e não me resta dúvida que ele é importante para a conversão de muitos."

Letícia Zanin


11. MOSTRAR CONSTÂNCIA E CONTINUIDADE

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

11. MOSTRAR CONSTÂNCIA E CONTINUIDADE

A educação exige continuidade. Se mudais de opinião ou de humor a cada instante, desconcertareis a criança. Semelhantemente, se, por faltas idênticas, mostrais ora indulgência, ora severidade, a criança, que possui uma lógica rigorosa, se perturba, e, cedo, perde a cabeça.
• É nos primeiros anos, sobretudo, que se adquirem os hábitos. Qualquer que seja o temperamento da criança, quaisquer que sejam os seus atavismos, é fácil orientar a “plantinha tenra” no caminho do bom-senso. Seja pela ordem, pelo respeito, pela higiene, pela polidez; seja pela lealdade, pela aceitação alegre das pequenas dificuldades da vida, pela aquisição dos reflexos da caridade — nada vale mais do que a constância para criar hábitos que, ao se tornarem autênticos traços psicofisiológicos, tudo facilitarão.
Mas, enquanto não se criar o hábito, é preciso não largar a presa.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

10. DAR O EXEMPLO

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

10. DAR O EXEMPLO

Quereis obter alguma coisa dos vossos filhos... começai por dar o exemplo. O exemplo pode muitas vezes substituir tudo, mas é insubstituível.
• Conselho sem exemplo, discurso sem alcance. O exemplo é quase sempre o mais eficaz dos conselhos.
• O exemplo serve, a um templo, de modelo e apoio. De modelo, porque o conhecimento das virtudes pelas crianças é a princípio imitação: é por imitação que a criança aprende a falar e a agir. De apoio, porque dele a criança precisa: o que se lhe ordena ou pede, sobretudo quando se trata de algo novo, é difícil para ela. Cumpre que ela se domine, vença as suas repugnâncias. Para ter coragem é preciso encontrar estímulo. A melhor ajuda é o exemplo dos que a cercam.
• Nada como o exemplo para animar a criança, mostrando-lhe por evidência palpável que o que se lhe pede para fazer é realmente possível.

domingo, 29 de maio de 2016

3.ª aula - Os efeitos da pornografia na alma

Nota do blogue: Estamos divulgando esse curso da Pornografia do Padre Paulo Ricardo. Ele aponta fatos novos e soluções eficientes para vencer esse mal. Nessa 3.ª aula ele aborda a pornografia e os efeitos na alma, nas duas anteriores tratou dos efeitos físicos e psíquicos.

Interessante o apontamento dele de que a pornografia não é apenas um pecado de luxúria, mas também de acídia (preguiça) e uma tristeza profunda por ter que deixar o "homem velho".

Vale a pena conferir.

2.ª aula - A pornografia mata o amor

Amante de livros!


9. CONSERVAR A CALMA E O DOMÍNIO DE SI MESMO

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.



9. CONSERVAR A CALMA E O DOMÍNIO DE SI MESMO

São precisos tanto mais calma e autodomínio em educação quanto o ritmo da criança, é diferente do que assinala o adulto. Além disso, perdida em seu sonho interior, a criança não compreende à primeira vista o que dizeis. Se vossa voz é demasiado forte ou estridente, o seu aparelho auditivo só registra sons destituídos de significação. Agitada, ralhada, sacudida, a criança perde o pouco de controle que tem de si mesma, afoba-se, torna-se desajeitada, tímida, medrosa. Se tais fatos se repetem com freqüência, arrisca-se a adquirir o famoso complexo de inferioridade que dela fará um vencido pela vida ou um revoltado.
• Quando a criança se aplica a fazer o melhor que pode, convém deixá-la tanto quanto possível entregue ao seu tempo, que normalmente é mais longo do que o do adulto, para todos os gestos cuja execução exige uma coordenação e uma exatidão que não são inatas. Certos psicólogos já notaram que os “Depressa! depressa! avia-te...” longe de provocar a ação, complicam-na para quem deve cumpri-la, tornando-a de qualquer modo “mais custosa”. 
• Não é sempre fácil conservar a calma. Aos numerosos cuidados pessoais que acabrunham os que têm encargo de família se acrescentam a trepidação da vida moderna, o rápido desgaste dos nervos, sobretudo quando a casa não dispõe mais do que de uma peça precária ou insuficiente.
Todavia, cumpre a todo preço conservar vossa calma. Obtereis dez vezes mais resultados com dispêndio dez vezes menor de energia nervosa. O equilíbrio de vossos filhos, bem como a sua confiança em relação a vós, acham-se em jogo.

sábado, 28 de maio de 2016

TESTEMUNHO

Nota do blogue: O site A GRANDE GUERRA recebeu esse e-mail e confesso que me emocionei muito, pois só quem me conhece realmente sabe das lutas que enfrentei para manter esse site ativo, dúvidas se ele era da vontade de Deus, minhas limitações, ataques, enfim... Deus seja louvado por esse testemunho, que os bons escritores que ajudaram na conversão dessa jovem sejam lembrados com muito carinho e mais feliz ainda por ter ganhado uma amiga com tanta garra como essa guria.

Letícia de Paula

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"A Paz de Cristo!

Meu nome é Jenyfer, tenho 17 anos. Sou protestante, contudo tenho estudado e pedido graças constantemente a Deus para conhecer plenamente a Verdade e Sua boa vontade. Amo Santo Tomás de Aquino, os Doutores da Igreja e a forma como os Santos amam à Deus, considero todos eles como irmãos mais velhos, a quem devo imitar. Diante desse desejo ardente de conhecer os desígnos de Cristo pra mim, necessito de bons materiais; leituras espirituais e apologéticas, com o fim de conhecer a Verdade Católica tal como é, e não como os protestantes a conceberam. Diante disso, pela recomendação de um grande amigo, encontrei uma mina de ouro neste Blog, A grande guerra! Os artigos sobre o Calvário e a Missa, de Fulton Sheen; As Belezas e dores de Maria, do Pe Júlio Maria, a quem amo muito, e a amizade que fiz com um novo irmão mais velho a quem não conhecia; Santo Afonso Maria de Ligório! Que sabedoria, santidade e perfeição emanam dos escritos deste homem! Aprendi a fazer penitência e mortificações, a guardar o silêncio para uma vida de amizade com Deus e principalmente a meditar sobre as Dores da Virgem Maria! Graças inenarráveis me estão sendo concedidas pela leitura, meditação e principalmente prática de tais doutrinas.

Venho então humildemente agradecer por me ter concedido respostas de tantas orações. Apenas Nosso Senhor sabe o quanto foi bom a minha alma ter acesso à Verdade, e os grandiosos frutos que serão gerados a partir disso para Sua própria Glória. Que Deus recompense infinitamente vocês, e ilumine a todos que direta ou indiretamente colaboraram nesse projeto. Contem sempre com minhas orações!

Um abraço especial à Letícia de Paula! Obrigada por tudo caríssima, Deus lhe abençoe grandemente.

Atenciosamente, Jenyfer Carolina."


Em tempo: Se por acaso os escritos do Site serviram de auxílio ou conversão na sua vida e queira compartilhar para edificação dos irmãos em Cristo, escreva-nos agrandeguerra@gmail.com Seu testemunho será publicado com muito carinho. 

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Amantes de livros!


Literatura: uma barca no meio do oceano

Fonte: Blog do [cultor]

Por Rafael Ruiz, “Literatura e crise – Uma barca no meio do oceano”, p. 20-26.

Por que lemos? Perguntava-se muitas vezes C.S. Lewis. Resposta: para saber que não estamos sós. Para aprender a construir prédios, para saber sobre cálculos e alíquotas, para fazer tabelas e gráficos temos muitos cursos e disciplinas, contudo, para saber como ser humanos e não cair sozinhos no abismo da desumanização, só podemos aprender com o que os outros seres humanos – aqueles que foram os mais humanos dos humanos – nos deixaram na arte, na música, nas letras, na poesia, nos romances.
Holden, a personagem criada por Salinger em O Apanhador no campo de centeio, é um colegial que procurou a conversa com o Prof. Antolini porque se encontrava confuso, desnorteado e, principalmente, revoltado com o estado de coisas na sociedade em que vivia. A conversa foi ficando, para Holden, cada vez mais pesada, mesmo assim, o Professor deu-lhe uma dica preciosa antes de despedi-lo. Um conselho para poder sobreviver no meio daquela sociedade que Holden já detestava:

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Amantes de livros!

Esta é uma imagem de um livro muito interessante e raro que ensina a costurar, 
publicado em Dublim, na Irlanda, na segunda metade do século XIX.


terça-feira, 24 de maio de 2016

8. CRIAR UM CLIMA CRISTÃO

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.


8. CRIAR UM CLIMA CRISTÃO

Uma das condições essenciais da educação cristã consiste em que o âmbito familiar realize uma atmosfera espiritual em que as almas desabrochem e se elevem espontaneamente. A influência exercida nas crianças se apóia melhor no conjunto harmonioso de uma multidão de fatos aparentemente insignificantes do que em manifestações excepcionais ou em discursos solenes.
• À religião não é qualquer coisa que se pespegue no indivíduo, muito menos uma roupa com a qual nos vistamos ou da qual nos desembaracemos à vontade, segundo os dias e as circunstâncias. É preciso que o clima da casa tenha por base uma fé que tudo informe para tudo transfigurar, sem trazer sombras.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Pornografia mata o amor

Nota do blogue: Ótima aula (Pornografia mata o amor) do Padre Paulo Ricardo. Irei publicar a série de aulas desse curso. São num total de quatro sendo que a primeira trata sobre Pornografia, um novo tipo de droga

Nessa segunda aula ele fala da conversão de um ex-ator pornográfico que hoje faz apostolado e cita o vídeo -- elaborado por esse ex-ator -- que divulgo abaixo do vídeo da aula. São 16 minutos mostrando rapazes (foto apenas do rosto), a data do falecimento e a causa. A maioria morreu de Aids, alguns se mataram... rapazes lindos fisicamente, mas percebam o olhar deles... vazio! Rezemos, amigos e lutemos para que nossas crianças tenham um futuro mais digno.

Letícia de Paula




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Amantes de livros

Biblioteca del Convento dell'Osservanza di Siena.

7. CRIAR UM CLIMA DE AFETO VIRIL

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.


7. CRIAR UM CLIMA DE AFETO VIRIL

A criança tem necessidade de muito afeto — não um afeto molemente dado, mas um afeto tão viril quanto terno.
• Na América, na Áustria, em certas creches, a pretexto de uma puericultura científica, chegara-se a proibir todo contato com os bebês. As enfermeiras, enluvadas e com máscaras afiveladas ao rosto, tratavam as crianças de acordo com os últimos princípios da luta contra os micróbios. Naturalmente, era proibido beijar. Os resultados quanto ao desenvolvimento psíquico das crianças foram desastrosos. Inquéritos comparativos feitos no seio de famílias pobres e mesmo miseráveis, que viviam sem higiene, com mães por vezes negligentes, revelaram um desenvolvimento afetivo mais satisfatório. Mesmo com amas medíocres, mas que guardavam contato humano com as crianças de peito, o desenvolvimento ulterior se efetuava em condições bem melhores.

domingo, 22 de maio de 2016

Amantes de livros


6. CRIAR UM CLIMA DE CONFIANÇA

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.



6.     CRIAR UM CLIMA DE CONFIANÇA

Ainda mais do que as observações diretas e pessoais, é o clima que os pais souberam criar em casa que mais profundamente modela a alma dos filhos.
• Uma atmosfera que se respira e que vos penetra insensivelmente: não será sobretudo isso que oxigena o vosso comportamento?
• Um clima de confiança facilita o desabrochar, o progresso, o esforço. A criança se sente desde cedo moralmente obrigada a fazer o melhor que puder.
• A desconfiança constrange, inibe; pior ainda, suscita por vezes o desejo de agir mal.
• Não é necessário que, por princípio, a família seja o lugar onde se repreende.
• A alegria de viver, fruto da certeza de ser compreendido e amado, desempenha um papel importante na vida da criança. Uma mãe nervosa, excitada, cheia de queixas, um pai casmurro, voltando à noite fatigado, sem achar nenhum prato a seu gosto, ralhando sem cessar, distribuindo sem proporção racional pancadas e castigos — nada como isso para fazer a criança voltar-se para dentro de si mesma, esperando a “evasão”.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Amantes de livros


Domingos Sávio: o grande pequeno santo

Fonte: Blog do [cultor]

“Antes morrer que pecar”

Na Itália do século XIX, num tempo em que a Igreja atravessava terríveis provações, a breve e impressionante história de São Domingos Sávio, que aos quinze anos foi coroado por uma morte santa, desenrola-se ao lado da história de outro santo: Dom Bosco. Este grande fundador, que soube equilibrar a ousadia e a prudência sem nunca buscar o prestígio, era um construtor de obras sólidas. De família humilde, foi educado na fé por sua mãe viúva. Viu-se refletido nos pobres meninos de rua, que muitas vezes eram presos por pequenos roubos em busca de alimento. Sabia que fora preservado daquela vida apenas pelo cuidado de sua mãe, e, tomado de compaixão, iniciou a sua grande obra.

“É à volta de um problema quase único, o da infância infeliz e abandonada, que Dom Bosco concentra o essencial da sua atividade. Mas a importância desse problema, soube ele compreendê-la tão profundamente, e levar os seus contemporâneos a medi-la, que sobre essa base vai edificar uma obra grandiosa”.[1] O encontro e a influência de dois santos, Dom José Cottolengo e Dom José Cafasso, fizeram-no conhecer a fundo a miséria humana, e com eles aprendeu que “a caridade tem exigências sem limites e que, quando nos pomos ao seu serviço, temos de aceitar ser devorados por ela”.[2]

Um novo tipo de droga - Pornografia

"O cérebro humano, diante do excesso de sexo, reage da mesma forma que o cérebro de um viciado em drogas."

quinta-feira, 19 de maio de 2016

5. CONHECER E COMPREENDER A PSICOLOGIA DO VOSSO FILHO

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.


5.     CONHECER E COMPREENDER A PSICOLOGIA DO VOSSO FILHO

Há um conhecimento da criança que é essencialmente o fruto do amor, de um amor atento e desinteressado.
• Para conhecer uma criança é preciso viver sua vida, comungar com ela por uma perpétua simpatia, sentir o que ela sente, experimentar todas as suas disposições, adivinhar todas as suas tendências, compreendê-la por dentro.
• A mamãe deve observar, deve procurar compreender seu filho. Para isso muito a ajudará a intuição. Com maior proveito ainda, ajudá-la-á um estudo elementar da psicologia, ciência que realizou progressos consideráveis no curso do século atual, e que não deve ser desdenhada.[1]
• Do nascimento aos 18 anos, as metamorfoses, quer interiores, quer exteriores, se sucedem tão rapidamente que os pais mal podem sintonizar a mesma onda com a realidade sempre nova e sempre movediça que têm à sua frente.

Amantes de livros


Blogue amigo!

Nota do blogue: Divulgo com alegria um blogue que chega com "peso". Blog do [cultor], recomendo vivamente.



O que é a Verdade?

Por Pedro Cerruti, “O caminho da verdade suprema”, p. 5-12.
Nunca talvez como em nossos dias sentiram os homens uma necessidade tão urgente da verdade. Não destas verdades que a Ciência nos fornece, arrancando cada dia à natureza novos segredos e forças espantosas. Nada mais perigoso do que a ciência em mão de uma consciência desorientada e a serviço de uma vontade esquecida do seu destino. Eis por que treme a humanidade e procura mais para o alto a verdade salvadora e a doutrina segura.

domingo, 15 de maio de 2016

Nossa Senhora de Fátima



13 de maio
Dia de Nossa Senhora de Fátima

De modo geral, a Mensagem de Fátima não é complicada. Os seus pedidos são de oração, reparação, arrependimento, sacrifício e desistência do pecado. Antes de Nossa Senhora aparecer aos três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, o Anjo da Paz visitou-os O Anjo preparou-os para receber a Santíssima Virgem Maria, e as suas instruções são um aspecto importante da Mensagem, a que muitas vezes não se dá a devida atenção.

O Anjo demonstrou aos pastorinhos a maneira fervente, atenta e respeitosa como deviam rezar, e a reverência que se devia ter para com Deus na oração. Explicou-lhes também a grande importância de rezar e sacrificar-se em reparação pelas ofensas cometidas contra Deus. E disse-lhes: " De tudo o que puderdes, oferecei a Deus sacrifício em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e súplica pela conversão dos pecadores." Na sua terceira e última aparição aos pastorinhos, o Anjo deu-lhes a Sagrada Comunhão, e demonstrou a maneira correcta de receber a Nosso Senhor na Eucaristia: as três crianças ajoelharam-se para receber a Comunhão; Lúcia recebeu a Sagrada Hóstia na língua, e o Anjo partilhou o Sangue do Cálice com Francisco e Jacinta.

Em todas as Suas aparições, Nossa Senhora sublinhou a importância de rezar o Terço, pedindo aos pastorinhos que rezassem o Terço todos os dias por intenção da paz. Outra parte principal da Mensagem de Fátima é a devoção ao Imaculado Coração de Nossa Senhora, horrivelmente ultrajado e ofendido pelos pecados da humanidade; somos convidados com amor a consolá-La por meio de uma reparação. Nossa Senhora mostrou aos pastorinhos o Seu Coração, rodeado de espinhos (que representavam os pecados contra o Seu Imaculado Coração), e eles compreenderam que os seus sacrifícios podiam ajudar a consolá-La.

Os pastorinhos viram também que Deus está horrivelmente ofendido pelos pecados da humanidade, e que deseja que cada um de nós e toda a humanidade abandone o pecado e faça reparação pelos seus crimes através de orações e sacrifícios. Nossa Senhora pediu, com tristeza: "Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido!" Também disse aos pastorinhos que rezassem e se sacrificassem pelos pecadores, para os salvar do inferno. E mostrou-lhes uma breve visão do inferno, e em seguida disse-lhes: "Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer do mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz."

Nossa Senhora acrescentou que, se as pessoas não deixassem de ofender a Deus, Ele castigaria severamente o mundo por meio da guerra, fome, perseguições à Igreja, e perseguição do Santo Padre. Para evitar estes castigos, Nossa Senhora ofereceu um remédio: voltaria para pedir a Consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração e a Comunhão de Reparação dos Cinco Primeiros Sábados. Se os Seus pedidos fossem atendidos, haveria paz. Em caso contrário, os erros da Rússia espalhar-se-iam pelo mundo, causando guerras e perseguições contra a Igreja, o Santo Padre teria muito que sofrer, os bons seriam martirizados e várias nações seriam aniquiladas.

Nossa Senhora indicou-nos a raiz específica de todos os problemas do mundo, a que causa guerras mundiais e tanto sofrimento terrível: o pecado. E depois apresentou uma solução, primeiro para todas as pessoas, e depois para os responsáveis da Igreja. Deus pede a cada um de nós que deixe de O ofender.

Devemos rezar, especialmente o Rosário. Pela oração frequente do Rosário, obteremos as graças de que precisamos para vencer o pecado. Deus quer que tenhamos devoção ao Imaculado Coração de Maria e que façamos por espalhar esta devoção por todo o mundo. Nossa Senhora disse: "O Meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus." Se quisermos ir para Deus, temos um caminho seguro, através de uma devoção verdadeira ao Imaculado Coração da Sua Mãe.

Quando a Irmã Lúcia perguntou a Nosso Senhor porque é que Ele não convertia a Rússia sem a consagração pública, solene e específica dessa nação, Jesus respondeu: Porque quero que toda a Minha Igreja reconheça a Consagração como um triunfo do Imaculado Coração, para que, mais tarde, coloquem a devoção ao Seu Imaculado Coração ao lado da devoção ao Meu Sagrado Coração.

Vemos, assim, que a conversão da Rússia não pode ter lugar, a menos que o Papa e os Bispos consagrem especificamente a Rússia, porque Deus reservou esta graça – esta graça especial – a este acto especial de honra e reparação ao Imaculado Coração de Maria. Jesus assim decidiu porque quer estabelecer em todo o mundo, nos corações e nas mentes dos fiéis, a importância da devoção ao Imaculado Coração de Sua Mãe.

A devoção ao Imaculado Coração é o ponto central da Mensagem de Fátima. Deus determinou que a Consagração da Rússia e a Comunhão de Reparação dos Cinco Primeiros Sábados fosse o meio de implementar esta devoção por todo o mundo, e encarregou o Papa, os Bispos e as almas individuais de praticar e promover esta devoção.

Para nos aproximar mais d’Ela, e portanto do Seu Filho, Nossa Senhora insistiu na importância de rezar pelo menos cinco dezenas do Rosário todos os dias. Pediu-nos para usar o Escapulário Castanho. E devemos fazer sacrifícios, especialmente o sacrifício de cumprir o nosso dever quotidiano, em reparação dos pecados cometidos contra Nosso Senhor e Nossa Senhora. Ela também insistiu na necessidade de orações e sacrifícios para salvar do inferno os pobres pecadores. A Mensagem de Fátima, para as almas individuais, resume-se a estas coisas.

Além destes temas gerais, dados na Mensagem de Fátima ao longo dos seis meses das aparições, Nossa Senhora confiou aos pastorinhos um Segredo em 13 de Julho de 1917. Este Segredo destinava-se a todos os Católicos, mas ser-lhes-ia revelado mais tarde (o mais tardar, em 1960), porque em 1917 ninguém estava preparado para o compreender todo.

Nas suas Terceira e Quarta Memórias, ambas escritas em 1941, a Irmã Lúcia revelou a uma audiência mais alargada as duas primeiras partes do Segredo. A terceira parte do Segredo – ou, como se costuma dizer, o Terceiro Segredo – foi escrita pela primeira vez entre 2 e 9 de Janeiro de 1944.

Orações ensinadas pelo Anjo aos pastorinhos de Fátima


Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram e não Vos amam. (três vezes)

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os Sacrários da Terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

Poesia de Cassiano Ricardo

Deixo os meus olhos ao cego
que mora nesta rua.
Deixo a minha esperança
ao primeiro suicida.
Deixo à polícia o meu rasto,
a Deus o meu último eco.
Deixo o meu fogo-fátuo
ao mais triste viandante
que se perder sem lanterna
numa noite de chuva.
Deixo o meu suor ao fisco
que me cobriu de impostos;
e a tíbia da perna esquerda
a um tocador de flauta
para, com o seu chilreio,
encantar a mulher e a cobra.
Às coisas belas do mundo
deixo o olhar cerúleo e brando
com que, nas fotografias,
as estarei, sempre, olhando...
Aos noturnos assistentes
de última hora – aos que ficam,
o sorriso interior e sábio
que nunca me veio ao lábio.

Cassiano Ricardo, poeta, ensaísta e jornalista nasceu em
São José dos Campos no ano de 1895. Faleceu com 79 anos
na cidade do Rio de Janeiro.


Amantes de livros


O DOM DE SI - LIVRO


(Clique AQUI e saiba mais)


DESCRIÇÃO
JOSEPH SCHRIJVERS | 152 PÁGINAS | ESPIRITUALIDADE | BROCHURA. 

"Dar-se a Deus é entregar-lhe corpo e alma, abandonar-lhe todas as capacidades, aspirações e sentimentos, desejos e temores, esperanças e planos de futuro, reservando apenas o cuidado de O amar.Dar-se a Deus é esquecer-se de si, é depositar no Coração de Cristo todas as preocupações, todas as solicitudes e os mil contratempos da vida quotidiana, é confiar-lhe todos os interesses pessoais, encarregando-O de prover a tudo, de tudo remediar.Dar-se a Deus é desprender-se de si próprio para só pensar n'Ele, é consagrar-se às obras que visam a sua glória, é estender na medida das próprias forças o reino da verdade e do bem, é devotar-se aos outros por amor do Mestre, é auxiliar, instruir, reconfortar, aliviar e, principalmente, converter e conduzir a Deus.O dom de si é o fiat? faça-se? contínuo no decorrer de todos os acontecimentos, de todas as vicissitudes, de todas as variações exteriores e interiores, é a aquiescência simples e filial a todas as vontades do Pai celeste, o abandono completo a todos os desígnios da Providência."

sábado, 14 de maio de 2016

4. PARTIR DO NASCIMENTO

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.


4.     PARTIR DO NASCIMENTO

A íntima solidariedade que une a mãe ao filho, longe de desaparecer quando este vem ao mundo, perpetua-se ainda por muito tempo. Por isso é essencial que a própria mãe se encarregue da educação do filho e só se resigne a confiá-lo a outrem em casos de força maior.
• Nunca será demasiada a importância que se der às primeiras semanas. Desde o primeiro dia, uma luta silenciosa de domínio começa entre a mãe e o filho. Se cederdes à criança, tereis para sempre ao vosso lado um tiranozinho doméstico diante de quem tudo se deverá curvar, e que a seguir sofrerá cruelmente de um desejo de dominação insaciável, uma vez que não terá sempre junto de si a mãe dedicada e dócil.
• Sabei que a educação positiva da criança começa no dia do seu nascimento. Este é um axioma cuja evidência poucos pais admitem.
• Habitualmente, os pais “estragam” o garotinho, mimam-no e a ele se entregam sem pensar nas consequências, convictos de que o momento da educação chegará quando o filho começar a falar, o que o capacitará a compreender o que se lhe faz e diz. Mas, esse momento pode ser muito tardio para reparar os graves erros anteriormente cometidos. 
• É preciso condenar o costume ridículo de buscar a criança logo que começa a chorar, embalá-la, cantar-lhe cantigas, dançar com ela ao longo do quarto. Quanto mais “estragardes” a criança, tanto mais ela perturbará o vosso sono e vos privará do vosso repouso essencial.
Há sempre, em torno das jovens mães, tias e conselheiras que, diante do menor sinal de choro da criança, tocam alarma e opinam que ela tem fome, sente cólicas, não se sabe mais o quê. Não vos deixeis impressionar pelos gritos do bebê; se não está molhado, deixai-o gritar. [1]
• A criança é um fino “registrador", levado instintivamente a se tornar um tirano. Se percebe [2] que a casa inteira corre ao mais leve choro ou ao menor grito, aprende que possui um meio seguro de trazer os pais para junto de si. Bem cedo, Estes serão escravos de seus caprichos e de suas fantasias.
• Por outro lado, o bebê se firmará na idéia de que todo o mundo está a seu serviço e à sua disposição. Mais tarde, ser-lhe-á penoso desprender-se do seu egoísmo infantil.
• No começo, é bom que a mãe continue a educar o filho num clima de “nós”: “Vamos ser bonzinhos hoje... não vamos chorar... vamos buscar a chupetinha... Essa educação inicial agirá a exemplo da impregnação pela criança da vida interior da mãe, à espera de que a primeira tome posse, pouco a pouco, do seu eu consciente.
A educação — nunca é demais repetir — é a aprendizagem da liberdade, mas uma aprendizagem progressiva.
• Sede firmes desde o início. O choro das crianças abala penosamente o coração das mães e o sistema nervoso dos pais. Será talvez preciso “pisar” o vosso coração sensível, mas é para o verdadeiro bem do vosso filho. Sê-lo-á também para o vosso, porque, se cederdes, vos tornareis mais ou menos seu escravo, e no dia em que, tendo-o compreendido, quiserdes deixar de sê-lo, correreis o risco de serdes vencido ou de cortardes o mal com certa brutalidade, por nervosismo, determinando verdadeiro choque afetivo na criança.
• Não há serviço mais precioso a prestar à criança do que fazê-la experimentar uma realidade que se impõe. Há resistências que não cedem, que não suportam exceções, do mesmo modo que um muro intransponível não pode deslocar-se de um dia para outro.
• Tende um horário de mamadas. Segui-o estritamente, sem derrogação. Nisso, muitas mães são escravas dos filhos, alimentando-os a qualquer hora e sem se preocupar com as quantidades. Esses petizes não possuem ainda controle da razão ou da vontade. Neles, são os instintos, e nada mais do que os instintos, que falam mais alto. Mas, esses instintos criam hábitos de que poderão ser vítimas.
• Se o bebê chora, verificai se algum alfinete não o pica, mas, sobretudo, ficai nisso, não o acalenteis, não o tomeis nos braços.
Sede, nesse ponto, tão estrita à noite como durante o dia. Um bebê assim tratado tem todas as probabilidades de se tornar uma criança fácil de educar.
• Além dos cuidados necessários, ninguém toque no petiz, não o tome nos braços, não o acalente. Cuidado com as avós e tias! Não serão elas às vítimas das novas exigências que assim terão criado.
• A criança será posta no berço, quer chore ou não, e ao fim de algum tempo, consentirá nisso sem chorar, pois aprenderá que as suas cóleras não adiantam nada.
• Sobretudo, não acrediteis que é preciso embalar uma criança. Só adianta embalar as que a isso já se acostumaram; quanto às outras, a própria natureza agirá. O mesmo relativamente ao sono no escuro. Não há necessidade de lamparina ou de porta aberta. 
 • As crianças devem aprender a ficar sozinhas, a brincar sem companhia. Se a mãe ou a pessoa encarregada da vigilância se esforçam por encher-lhes todos os minutos, elas se habituam a distrair-se. Mais tarde, podem tornar-se desagradáveis tiranos.
Conheço crianças que se apoderam das mães desde a mais tenra idade, e as interpelam constantemente: “Mamãe, que devo fazer?” ou: “Mamãe, conte-me uma história, estou sem fazer nada!” Essas pobres crianças sofrerão duramente, em seguida, uma agitação contínua e o vazio do tempo torna-se para elas um problema de solução impossível.[3]
• É tão inútil acariciar a criança para acalmá-la como para lhe dar prazer. Não resta dúvida de que a excitabilidade da pele se veja assim aumentada pelas carícias. Uma exigência de carícias e de mimos pode subsistir durante a vida inteira.
• É pelo seu maternal e insubstituível sorriso, muito mais do que cedendo aos caprichos do filho, que a mãe lhe dá sua noção de amor.
• Exigir raciocínios do petiz é uma coisa que deve reduzir-se ao mínimo, pois a criança não se acha ainda na posse do seu pensamento lógico. Querer que ela raciocine muito cedo é como se quisessem que ela caminhasse aos seis meses de idade: corre-se o risco de torná-la enferma por toda a vida.
• Regular os automatismos da criança é um dos maiores serviços que podeis prestar-lhes, pois significa livrá-la para o futuro de entraves, preocupações, incertezas e inibições; facilitar-lhe o desenvolvimento moral e físico; ajudá-la a conquistar a verdadeira liberdade. A ordem e a regularidade são, nessa idade, quase tão indispensáveis quanto o amor.
• Todo o bebê é, antes de tudo, um psicólogo que julga o pai, a mãe, a “babá”, de acordo com os seus valores. Apalpa-os, e não descansa enquanto não tiver determinado os limites de seus poderes ou da liberdade que ele mesmo possui. Para esse fim, usa de todas as pequenas armas, notadamente as lágrimas ou as cóleras. Se os outros têm pena, temem convulsões, se depois de ralharem, ameaçarem, ou mesmo castigarem; se acabarem por ceder, a fim de terem sossego, o garotinho registrará todas essas deficiências e daí em diante baseará sobre elas a sua conduta, com admirável conhecimento do coração humano.
Isto é claro. É preciso que a criança, quando quiser ultrapassar os limites do razoável, bata com a cabecinha teimosa numa parede impiedosa. Ao terceiro “galo”, ela mesma escolherá ficar na gaiola. Quando crescer, ser-lhe-á explicado porque certas coisas podem ser feitas e outras não. Tendo adotado desde cedo — porque os pais foram bem avisados e fortes — o hábito de apenas fazer o que é permitido, a criança não terá, então, dificuldade alguma em ser livremente sábia...[4]
• Depende de vós, mães, que aos seis meses o vosso queridinho saiba ler: o livro em que ele aprenderá a discernir o que é preciso e o que não deve ser feito, é o vosso rosto com as diversas expressões que registrar. Sabeis o que dele quereis, e cada vez que a sua maneira de ser corresponde à vossa vontade — vosso olhar e vosso sorriso lhe dizem: “Está bem!” Quando esse bom sorriso e esse olhar de amor desaparecem, substituídos por uma expressão séria, a criança perceberá que há “algo mal feito”. Na vossa própria linguagem, se bem que não compreenda ainda as palavras, há um sentido que ela aprende. Um tom de zanga e um tom de carícia não são a mesma coisa para ela; as inflexões de vossa voz reforçam singularmente o alcance do vosso sorriso ou da vossa sisudez.[5]
• Não trateis nunca a criança como um brinquedo ou uma boneca. Ao fim de alguns meses, ela participa de tal modo dos brinquedos com os quais a distraímos, que somos tentados a fazê-la brincar para que nós mesmos nos divirtamos. Nesse momento, o adulto se arrisca a ultrapassar a medida. Não esqueçamos que o sistema nervoso da criança é frágil e pode bem depressa fatigar-se. Por outro lado, usam-se os recursos dos jogos de fisionomia que são a primeira linguagem pela qual a criança compreende o adulto.
• É um contra-senso constranger uma criança a repetir 20 vezes bom-dia à mesma pessoa, sob o pretexto de instruí-la ou para divertir as galerias. As crianças gostam de se conduzir como as pessoas grandes, mas detestam o papel de cães amestrados. Se não detestassem, seria mais perigoso ainda porque significaria que elas possuem alma de cabotino.
• Evitai falar ao vosso filho em linguagem de “bebê” ou em linguagem de “neguinho”, por mais enternecedor que isso pareça. É um mau serviço que lhe prestamos imitar o seu modo de exprimir-se. O benefício que lhe damos para o futuro é ensinar-lhe o pronunciar de maneira correta a língua materna e corrigir-lhe as frases defeituosas.
• Colecionai as palavras graciosas de vossos filhos, mas não as citeis jamais diante deles. É o que existe de pior para retirar da criança a frescura, de sua espontaneidade e levá-la a considerar-se fenômeno interessante.
• O papel do pai, nos primeiros anos de existência dos filhos, é, e certamente deve ser, mais apagado. Sem dúvida, ele pode manifestar aos filhos a sua nascente ternura: o homem é, em geral, pouco afoito a manifestar longamente tais sentimentos.
Que por vezes se ocupe dele para que se habituem ao seu contato e para que se habitue ao dele, é bom. Mas, que não procure usurpar prematuramente o papel da mãe, criando para si uma popularidade fácil. Não é, com efeito, o pai o elemento novo que as crianças vêem menos do que a mãe, e que pode, por isso mesmo, possuir atração particular? Que saiba, pois, apagar-se a cada instante, em face dos filhos, deixando que a mãe assuma a parte principal.
É, certamente, desejável que a forte autoridade que lhe é, eventualmente, conferida pela força física, o vigor de sua voz, possam às vezes apoiar a autoridade da mãe quando esta por fadiga se vê momentaneamente incapaz de ir sozinha até o fim de sua tarefa educativa. Mas que isto aconteça o menos possível, sobretudo diante dos que se encontram na primeira infância. A desproporção de forças cria o medo nas crianças. O medo é o inconsciente que se revela e é também a inibição das melhores faculdades. Não se educa (no sentido pleno) com o medo. Parece-nos infinitamente preferível que a autoridade paterna se exerça indiretamente sob a forma de uma plena aprovação das decisões maternas, pois as crianças são mestras consumadas na arte de encontrar uma brecha na autoridade, de criar discordâncias, senão contradições. Isto não deve ocorrer. Se o homem não concordar com sua mulher em tal ou qual caso, em face dos filhos, que o diga a ela a sós, explicando-lhe as razões. Isto pode ser muito útil: o homem que vê mais as coisas externas, que em geral também vê mais longe e mais amplamente, pode dar conselho útil à esposa sob o ponto de vista da educação; um conselho, dizemos, e não a amarga crítica que desencoraja, ou a estéril zombaria.
Que o pai evite as manifestações tonitruantes em que muitos encontram aparente satisfação ao seu papel educativo; ele não deve ser máquina e fabricar grandes observações, punições exemplares, toda essa aparelhagem dramática e nefasta à educação. Sua firme tranquilidade e a clareza de uma reprimenda valerão por vezes muito mais do que uma atitude barulhenta de pai zangado. Que nunca faça medo aos filhos. A violência dos gestos, a altitude extrema da voz, os olhares faiscantes são quase sempre manifestações de um enervamento passageiro e sem importância; sem importância para ele, adulto, mas que produz nos petizes repercussões inesperadas e desastrosas. [6]
• Compete a vós, mães, interessar vossos maridos na vida do pequenino. Longe de guardar com zelo para vós mesmas vossas descobertas e vossas intuições, revelai-as aos vossos esposos, fazei com que eles se debrucem sobre o despertar das faculdades dos filhos e todos os sinais de seu desenvolvimento. Vossa confiança mútua se beneficiará com o vosso esforço.
Nada fará melhor aumentar a confiança de um marido em relação à sua mulher do que sentir-se por ela ajudado a penetrar na intimidade secreta do serzinho todo feito de enigmas, ao qual, juntos, deram a vida.
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[1] Dr. Willhem Stekel, Lettres a une Mère, pág. 25 (N. R. F). 
[2] A criança não observa, no sentido usual. Mas associa confusamente, ou antes, não dissocia ainda suas ações das reações dos que a cercara: desde os primeiros dias, podem criar-se "blocos” a exemplo de “choros — chegada de mamãe — passeio”, ou “choros — chegada da vovó — chupeta”. Outra coisa não são do que reflexos condicionados desastradamente pelo adulto, tão mais difíceis de abolir quanto precoces. Donde a tirania de que os pais são autores de serem vítimas. 
[3] Dr. Stekei, op. cit, pág. 30. 
[4] Antoine Redier, Mes Garçons et vos Filles, pág. 36 (Grasset). 
[5] Mme. Gan, Comme f’élève mon Enfant, pág. 334 (Ed. Bloud et Gay). 
[6] Dr. Arthus, Comprendre pour mieux agir, pág. 237 (Ed. Susse).