segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O BOM COMBATE NA ALMA GENEROSA - Parte XXIX

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

O BOM COMBATE 
NA
ALMA GENEROSA

Missionárias de Jesus Crucificado de Campinas


Pobreza voluntária

Oh! alma que Me ouves, não existindo pobreza no céu, desci à terra e dela fiz Meu pão quotidiano, exaltando assim esta pobreza tão repelida pelos homens. Abracei-a com amor, e desta pobreza fiz Minha morada, Meu pão quoti­diano...

Oh! Minha alma, resgatada com o Meu sangue, como praticas esta pobreza tão amada de teu Jesus e praticada por teu Deus com tanta perfeição? Queres na realidade ser perfeita? Desejas ser Minha fiel imitadora? Sinto que Me dizes: Sim, ó meu Deus, desejo ser pobre à Vossa imitação.

E sabes tu como Eu pratiquei esta pobreza, cuja base é a santa humildade?


Pratiquei-a principalmente no Meu Coração, no Meu es­pírito, porque esta é que dá força para praticar a pobreza exterior, isto é, dos bens caducos e das falazes promessas que este mundo oferece.

Está escrito, porque por Minha boca foi dito:

“Bem-aventurados os pobres porque deles é o reino dos céus.” Oh! alma que Me ouves, o verdadeiro pobre de espí­rito está sempre contente, porque nada deseja de bens tem­porais, nem mesmo espirituais, pois, se conforma com o que lhe é dado. Reconhecendo sua pobreza não se lastima, antes, na sua pobreza, reconhece que nada merece. A este pobre de espírito acontece que goza de uma paz inal­terável! E agora posso te provar, que este pobre é bem-aventurado, porque estando em paz, Eu Me acho no seu coração. O pobre é bem-aventurado, porque nada possuindo, possui a Mim. E Eu só estou plenamente na alma do verdadeiro pobre de espírito. Provo o que te estou dizendo. Onde Me encontras na Minha vida? Só na pobreza. No presépio, no meio das palhas; na casa de Nazaré, a mais humilde e des­pida de todo o conforto humano; no alto da cruz, despido de tudo deste mundo, morrendo em tão dura cruz, tendo por descanso longos e pontiagudos espinhos! Onde mais Me encontras como pobre? Em uma simples partícula de pão e em humilde tabernáculo, que, por mais rico que seja, não deixa de ser uma obscura prisão! Não te assusta, ó amada Minha, esta pobreza de teu Deus? Ah! esta pobreza exterior é apenas uma leve imagem da pobreza interior, que Me fez assim abraçar a pobreza exterior. Na Minha alma só se aninhava o desejo da humilhação, para te mostrar, que a pobreza é um bem, sim, um salutar remédio, para des­prender a alma, para que livre possa voar até as regiões do infinito amor. Eu, despreocupado de tudo o que me rodea­va, somente sofria e expiava os vossos pecados.

Oh! Minha alma, tu que desejas ser Minha fiel imitado­ra, sê na realidade pobre de espírito, porque só aos verda­deiramente pobres de espírito é dado o dom da contempla­ção e da união perfeita! Oh! enquanto a alma se achar amarrada pelas vontades e paixões do coração, não poderá fazer um só coisa comigo.

Sim, na verdade te declaro que ainda que as vossas vontades vos pareçam santas, perturbam a nossa união. O verdadeiramente pobre já é Minha propriedade. Sim, a pobreza foi sempre meu trono predileto neste mundo as­sim como o é também o coração pobre.

Como é bela esta pobreza voluntária, que dá, o céu à tua alma; sim, porque Eu sou o céu e tu, sendo pobre na realidade, tudo deixando por Meu amor, ganhas tudo que sou Eu. Ó bem-aventurada pobreza que faz guardar o próprio Deus! Agora, ó Minha alma, Eu te pergunto, isto se chama pobreza? Ah! não, chama-se isto sabedoria, despre­zar a riqueza deste vale de lágrimas para ganhar a riqueza eterna! Sim, Eu sou esta bela riqueza que enche os Santos de felicidade.

Oh! pobreza cheia de sabedoria. Oh! como sois sábios os que a praticas à Minha imitação!

Alma que Me ouves, compreendeste bem a felicidade desta pobreza voluntária? Se não compreendeste procura compreender, para seres uma copia perfeita de teu Jesus, que te fala somente porque deseja tua felicidade.