sábado, 30 de novembro de 2013

TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA - CAPÍTULO III PRINCÍPIOS DOS ESCRÚPULOS

Nota do blogue: Acompanhe esse Especial AQUI

TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA
PELO
ABADE GRIMES
1854


CAPÍTULO III
PRINCÍPIOS DOS ESCRÚPULOS

Se tomarmos a tentação do escrúpulo separada do consentimento, achamos que ela deve a sua origem a vários princí­pios; às vezes vem de nós mesmos, do nos­so próprio fundo, de um princípio inte­rior e natural, e às vezes vem de fora, de um princípio exterior e violento, do de­mônio; outras vezes, enfim, vem do alto, pela permissão do próprio Deus.

A Mãe segundo a vontade de Deus/ X- Do amor de Deus

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

A Mãe segundo a vontade de Deus ou Deveres da Mãe Cristã para com os seus filhos, 
do célebre Padre J. Berthier, M.S
Edição de 1927


X- Do amor de Deus

«Não há idade na vida a que convenha mais a piedade, do que à mocidade, escreve Mgr. Dupan­loup, não só porque a piedade brilha nas frontes jovenís com mais resplendor; não só por causa do encanto inexprimível com que ela embeleza todas as qualidades naturais da infância, mas sobretudo por esta simples e profunda razão: é que a pie­dade não é outra coisa, senão o amor de Deus, e não sei que haja coração neste mundo a que seja mais fácil inspirar este amor que ao coração das crianças. Tudo aí está ainda puro, generoso, ardente: tudo aí está feito, para este nobre e santo amor, e essa bem-aventurada chama de vida acende-se com uma facilidade maravilhosa.»

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Após ler este texto de Von Mises, pode alguém seguir dizendo-se "católico liberal"?

Fonte: SPES


Desprezo de si e humildade - Sta Teresa D'Avila

Fonte: O Segredo do Rosário
A princípio, tudo se nos afigura muito árduo, e com razão, porque é guerra contra nós mesmos. Mas começando a trabalhar, Deus opera tanto na alma e lhe faz tais favores, que ela acha pouco tudo quanto se pode fazer nesta vida.

(...) Tudo, ou ao menos quase tudo, depende do esquecimento de nós mesmas e de nossas comidades. Quem deveras começa a servir ao Senhor, o mínimo que Lhe pode oferecer é a vida, depois de Lhe ter dado a vontade. Que há de temer?

(...) Aprendamos a contradizer em tudo a nossa vontade própria. Se empregardes nisto toda diligência, a pouco e pouco estareis no cume sem saber como. Parece demasiada exigência dizer que não tenhamos satisfação em coisa alguma! É porque não se diz a um tempo quantos prazeres e alegrias acarretam esta contradição, e o que se ganha com ela, ainda nesta vida! Quanta segurança!

O INFERNO, E A IMPORTÂNCIA DA CONFISSÃO

Por um indigno escravo de Nosso Senhor

SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET

                                                                
EXEMPLO DE UMA SENHORA QUE POR MUITOS ANOS CALOU NA CONFISSÃO UM PECADO DESONESTO. REFERE SANTO AFONSO E MAIS PARTICULARMENTE O PADRE ANTÔNIO CAROCCIO, QUE PASSARAM PELO PAÍS EM QUE VIVIA ESTA SENHORA DOIS RELIGIOSOS, E ELA, QUE SEMPRE ESPERAVA CONFESSOR FORASTEIRO, ROGOU A UM DELES QUE A OUVISSE EM CONFISSÃO, E CONFESSOU-SE. LOGO QUE PARTIRAM OS PADRES, O COMPANHEIRO DISSE AO CONFESSOR TER VISTO QUE, ENQUANTO A SRA SE CONFESSAVA, SAIAM DE SUA BOCA MUITAS COBRAS E UMA SERPENTE ENORME DEIXAVA VER FORA SUA CABEÇA, MAS VOLTAVA DE NOVO PARA DENTRO, E APÓS ELA TODAS AS QUE ANTES SAÍRAM. SUSPEITANDO O CONFESSOR O QUE AQUILO PODERIA SIGNIFICAR, VOLTOU A CIDADE E A CASA DAQUELA SRA, ONDE LHE DISSERAM QUE ELA, NO MOMENTO DE ENTRAR NA SALA, MORRERA REPENTINAMENTE.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sequência dos textos sobre as almas do purgatório

Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima - Parte 5


A Plenitude de Maria
Padre Júlio Maria, 
Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima

Antes de contemplar em todo o esplendor esta inefável acumulação de graças que se chama “a plenitude de Maria”, não será inútil dar algumas explicações gerais sobre a graça e as diversas plenitudes que os teólogos distinguem.

A graça, em geral, é uma participação á natureza divina. Esta é a definição do Apóstolo São Pedro.

Esta graça é dupla: - 1 Santificante, ou princípio de vida que nos torna capazes de fazer atos meritórios,  2 – Atual, ou ação de Deus, pondo em movimento nossas faculdades.

Indicamos precedentemente o papel da graça atual.

Limitemo-nos aqui á graça santificante.

Que é a graça santificante?...

A teologia nos diz que é uma qualidade que dá á alma sua beleza, seu valor, seu encanto para agradar a Deus e ser dele amada.

Tão bela é uma alma em estado de graça e tão bela que é impossível a Deus não se dar a Ela.

Por que tem sempre água benta nas portas das Igrejas?

Por um indigno escravo de Nosso Senhor

Muitas vezes as pessoas se queixam de que se distraem muito na igreja, sobretudo durante as leituras na Missa. O demônio tem grande interesse em nos distrair justamente quando vamos estar em contato com as realidades sagradas. Por isso é tão útil a Água Benta na entrada das igrejas e capelas. Mesmo usando a Água Benta pode acontecer que nos distraiamos, porém teremos a segurança de que as distrações procedem de nós mesmos e não do demônio.

O Anjo que apagava os pecados

Por um indigno escravo de Nosso Senhor


             S. João Clímaco foi Pai e Mestre do Mosteiro do Monte Sinai, no século VII.
           Naquele deserto viviam centenas de monges que passavam santamente a vida a rezar e a trabalhar. 
           Certo dia chegou ao Mosteiro um rapaz. Bateu e abriram-lhe aquelas portas que para ninguém se fechavam. Dirigiu-se ao Superior, a quem disse:             
         -- Meu Padre, sou um grande pecador, mas Deus tocou-me o coração. Venho arrependido, fazer penitência neste Mosteiro. Quero que o exemplo de tantos santos que aqui vivem me encoraje, a fim de me fazer santo também. Meu Padre, tenha pena de mim e receba-me no número dos seus servos. 
           -- Meu filho, - respondeu S. João Clímaco - bendito seja Deus que te abriu os olhos para conheceres a gravidade das tuas culpas. Entra neste santo abrigo e procura com a oração e a penitência reparar os antigos erros. 

A alegria dum sacerdote

Por um indigno escravo de Nosso Senhor


Ao terminar a costumada visita aos paroquianos doentes, quando entrava na igreja o jovem padre vê uma senhora vir  ao seu encontro:
    -- Senhor Prior, venha a casa de um homem que está muito doente! Ele retornou da África há pouco tempo. É contra a Religião e até diz que não o receberá, mas venha! Ninguém me pediu para o chamar, mas o senhor é sacerdote e ele é uma alma para salvar.
    Um paroquiano que ouviu a conversa intrometeu-se: -- Ora, Senhor Padre, lá o senhor não vai conseguir fazer nada. Não vale a pena incomodar-se, pois já é quase noite e está a cair neve. Vá para a casa paroquial descansar.
    Ao padre nem pareceu  ter ouvido a sugestão do paroquiano. E disse: -- Eu vou agora mesmo, pois  receio não dar tempo de  atender o pobre homem. Vou cumprir  meu dever! – respondeu prontamente o sacerdote, que pôs toda a confiança em Deus.
    Depois de dura caminhada noturna chegou e entrou numa casa miserável. O ar era irrespirável. Numa cama perto da lareira o doente  tossia forte e quase ao desespero. A seu lado, a idosa mãe lhe fazia companhia, agasalhada num cobertor.  
    Ao ver o sacerdote a mulher levantou-se muito surpreendida e o homem doente, ainda com ar de rapagão, muito zangado, gritou-lhe:

Carta de São Luís Gonzaga a sua mãe

Por um indigno escravo de Nosso Senhor
A graça e a consolação do Espírito Santo estejam sempre convosco. A vossa carta encontrou-me ainda vivo na região dos mortos; mas agora espero ir em breve louvar a Deus eternamente na região dos vivos. Pensava mesmo que a esta hora já teria dado esse passo.
Se a caridade, segundo São Paulo, ensina a chorar com os que choram e a alegrar-se com os que estão alegres, muito grande deve ser a alegria de Vossa Senhoria, pela graça que Deus Vos concede na minha pessoa, chamando-me à verdadeira alegria e dando-me a segurança de O não poder perder jamais.
Confesso-vos, ilustríssima Senhora, que me perco e arrebato na contemplação da divina bondade, mar sem praia e sem fundo, que me chama a um descanso eterno por um trabalho tão breve e pequeno; que me convida e chama ao Céu para aí me dar aquele soberano bem que tão negligentemente procurei, e que me promete o fruto daquelas lágrimas que tão parcamente derramei.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA - CAPITULO II - DIFERENTES ESPÉCIES DE ESCRÚPULOS. SEUS OBJETOS.

Nota do blogue: Acompanhe esse Especial AQUI

TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA
PELO
ABADE GRIMES
1854


CAPITULO II
DIFERENTES ESPÉCIES DE ESCRÚPULOS. SEUS OBJETOS.

Podem-se distinguir diversas espécies de escrúpulos: uns são em matéria de fato, e outros em matéria de direito. Há escrúpulo em matéria de fato quando, por exemplo, a pessoa receia ter consentido num mau pensamento, não haver confes­sado bem um pecado, ou ter esquecido al­guma circunstância, etc. Há escrúpulo em matéria de direito quando, por exemplo, se acredita que há pecado quando não o há; que uma coisa é proibida, quando não o é; que uma ação é culposa, posto que o não seja.

Sequência dos textos sobre as almas do purgatório

Fonte: Core Catholica
Nota do blogue: Acompanhe esse Especial AQUI.


Tenhamos Compaixão das Pobres Almas!
30 meditações e exemplos sobre o Purgatório e as Almas
por Monsenhor Ascânio Brandão

Livro de 1948 - 243 pags
Casa da U.P.C.
Pouso Alegre



23 de Novembro

AS ALMAS DO PURGATÓRIO NOS AJUDAM

O mérito do sufrágio

Que os sufrágios que prestamos às pobres almas sofredoras do purgatório seja uma obra muito meri­tória e receberá certamente grande recompensa de Deus, nenhum teólogo o contesta. É uma obra de ca­ridade, e Nosso Senhor, que promete recompensa até a um copo de água dado em seu nome, como não há de ser propício a quem socorre as mais miseráveis e infelizes e desprotegidas criaturas: as pobres almas, que nada podem fazer por si para se livrarem dos tormentos a que estão submetidas pela Divina Justiça e dependem da nossa caridade! É certo que as almas libertadas das chamas da expiação, no céu, interce­dem por seus benfeitores, porque estão cheias da Di­vina Caridade e podem, como os Santos, nos valer neste mundo. Portanto, o mérito que adquirimos com a caridade do sufrágio será bem recompensado por­que a ingratidão nunca entrou no céu e as santas almas salvas por nós serão nossas advogadas e tudo farão por nós junto de Deus.

Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima - Parte 4


"Antes de distribuir ao gênero humano os frutos da redenção, 
Deus os derramou todos em Maria."

Padre Júlio Maria, 
Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima

Já que a Santíssima Virgem deve ser unida ao Salvador, na hora da salvação do mundo, qual é exatamente o seu papel nesta obra?

Ela é, como o proclamam todos os Santos, a tesoureira e a distribuidora de todas as graças, isto é, que antes de distribuir ao gênero humano os frutos da redenção, Deus os derrama todos sobre Maria.

Redempturus humanum genus, diz muito bem S. Bernardo, proetium universum contulit in Mariam... Totius boni plenitudinem posuit in Maria.

Todos os dons sobrenaturais distribuídos com profusão ao comum das criaturas, diz Mons. Gay, (1) antecipadamente Deus já os tinha acumulado nela conforme lhe convinham...

Além disso, ele derrama incontinente sobre esta criatura tão perfeita, o oceano todo inteiro dos seus dons sobrenaturais.

Exceto a graça da união hipostática, reservada á Humanidade santa e da qual Maria não recebe sinão reflexos, ela possui todas as outras graças, Deus lhe concede tudo...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O BOM COMBATE NA ALMA GENEROSA - Parte XXII

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

O BOM COMBATE 
NA
ALMA GENEROSA

Missionárias de Jesus Crucificado de Campinas


As belezas da Ave Maria

Amados filhos, filhos delitos, que todos os dias repetis com amor esta encantadora saudação à Virgem Maria, minha celeste Mãe “Ave Maria”.

Eu sou Jesus, o disse Jesus filho desta Mãe amável, da qual vou falar-vos, explicando-vos a Ave Maria.

Desejo-vos explicar a Ave Maria, porque muitos saúdam Minha Santíssima Mãe rotineiramente, sem saberem o que estão dizendo. Desejando que aproveiteis desta belíssima oração, eis o motivo por que desejo hoje explicar-vos quão bela é esta oração composta pelo Pai.

Amados de Meu Coração, o mundo jazia nas trevas do paganismo, o demônio com seus sequazes estavam tomando posse dos corações que foram criados por nós, por isso tor­nou-se necessário que o Verbo Se fizesse carne no seio de uma puríssima Virgem.

Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima - Parte 3


“Tendo um mesmo decreto eterno decidido ao mesmo tempo a Encarnação e a Maternidade divina,
o Cristo e a Virgem são inseparáveis na obra da salvação”.
Padre Júlio Maria, 
Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima


Convém notar com efeito que a intercessão da Santíssima Virgem não é somente atual, sem antecedentes.

Sua parte na distribuição da graça é a consequência do papel que ela teve em sua aquisição.

Não há senão um Mediador entre Deus e os homens, o Cristo Jesus.

Somente ele era capaz de uma reparação que igualasse à ofensa, só ele podia, em rigor de justiça satisfazer e merecer pela humanidade decaída. Mas esta ação principal não exclui de modo algum a ação universal de Maria Santíssima.

O Salvador podia excluir todo e qualquer auxiliar. Não o quis, porém; associou-se á Virgem Santíssima, sua Mãe, para completar a obra redentora.

Dela ele quis receber a vida física e por ela quer ser gerado nas almas, para que a Virgem Santíssima fosse ao mesmo tempo a Mãe de seu corpo natural e de seu corpo místico.

Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima - Parte 2

Fonte: Vas Honorabile

“A vida de intimidade com Maria abrange todo o dogma da economia da graça, reunindo admiravelmente o fim, o caminho e os meios de salvação indicados por Nosso Senhor”.

Padre Júlio Maria, 
Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima

Geralmente o dogma da graça não é bastante conhecido pelos cristãos.

Somente os sacerdotes, em consequência de seus estudos teológicos, conhecem todas as belezas, todas as riquezas ocultas nesta parte do dogma.

Os simples cristãos julgam que estas questões são demasiadamente abstratas, puramente especulativas, fora da prática.

É um erro. A graça é a parte viva do cristianismo, é a base, é o motor de tudo, é de certo modo o próprio Jesus Cristo.

O dogma da graça, sendo de uma maneira toda especial o fundamento e o fim da vida de intimidade com a Santíssima Virgem, encontrará aqui um desenvolvimento suficiente – o que raramente se encontra em obras populares – para mostrar a todos as riquezas e belezas desta divina economia, fazendo-o em uma linguagem bastante simples, para que seja por todos compreendido.

O fim da vida de intimidade com Maria outro não é senão Jesus Cristo.

Ele é a cabeça; a Virgem é o pescoço; nós somos os membros unidos ao pescoço e por ele á cabeça.

Tirai a cabeça, e o pescoço não tem mais razão de existir.

Do mesmo modo, a união á Santíssima Virgem de nada serviria, se ela não nos unisse ao Redentor, nossa cabeça.O caminho a seguir é aquele que Jesus Cristo nos mostrou. Pode dizer-se que é Ele mesmo, pois tudo quanto se encontra em Maria é dele. Digamos mais: Não está ele mesmo em Maria e não nasceu dela?

Unir-nos á Maria é pois unir-nos a ele. Passar pelo caminho de Maria é ir diretamente e sem desvios ao encontro de Jesus.

E qual é o meio desta prática?

Este meio é a Encarnação. É Maria, de quem nasceu Jesus, que está encarregada de o produzir espiritualmente em nossas almas.

Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima - Parte 1

Nota do blogue: Parabenizo ao blogue citado pela transcrição desse livro. Que Nossa Senhora os proteja muito.

“A primeira resolução de toda alma que deseja honrar a Maria Santíssima 
deve ser não somente ama-la, mas antes de tudo estuda-la.”

Padre Júlio Maria, 
Princípios da vida de intimidade com Maria Santíssima

Uma lacuna muito comum da piedade em geral, e em particular para com Maria Santíssima, diz muito bem um profundo teólogo e ilustre escritor (1), é não ser bastante esclarecida sobre o inefável objeto que ela venera, é contentar-se com afeições que com o tempo podem esgotar-se ou pelo menos enfraquecer-se.

Tendo no espírito uma débil força, apenas esfriadas as primeiras impressões do fervor, o coração e a vida começam a sentir esta pobreza doutrinal.

Eis porque a primeira resolução de toda alma que quer honrar a Maria, deve ser estuda-la, e estuda-la com toda a sua alma.

Si é necessário procurar a verdade por todos os meios, é também a verdade que diz ser á Maria que se devem aplicar estas palavras; como ocupar-se de Maria, de seu amor, sem faze-lo de todo o coração?...

Desde modo nascerá necessariamente o pensamento vivo e habitual de nossa Mãe, e este pensamento frequente não será abstrato e frio, mas um pensamento que produzirá o amor.

Em Deus o Verbo respira o amor – Verbum spirans amorem.

Em nós o pensamento de Maria deve respirar o amor.

Sem este estudo a devoção para com a Sma. Virgem é necessariamente incompleta e superficial.

“Nós, diz ainda o P. Sauvé (1), fazemos de Maria uma idéia fraca, pálida, incompleta. Maria Santíssima está em um canto da vida, em um altar lateral da alma, quando deveria ocupar aí o altar principal, unida a Jesus como a Mãe é unida ao Filho, no mistério da Encarnação ou de Belém, como a nova Eva ao novo Adão, sobre o Calvário e reinando com ele em toda a parte”.

Tal deve ser pois a primeira prática do nosso culto para com Maria: estuda-la, para que deixemos de vez esta concepção indigna de suas grandezas e de seu amor.

(1) Sauvé. SS. Culto do Coração de Maria C. V.

domingo, 24 de novembro de 2013

TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA - PARTE 1: DEFINIÇÃO E NATUREZA DOS ESCRÚPULOS, SEUS SINTOMAS.

TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA
PELO
ABADE GRIMES
1854


I- DEFINIÇÃO E NATUREZA DOS ESCRÚPULOS, SEUS SINTOMAS.

O escrúpulo, diz Santo Afonso de Ligório, não passa de um vão temor de pe­car causado por apreensões que não têm motivo algum.

Por sua vez, Bergier diz que o escrú­pulo é uma pena de espírito, uma an­siedade de alma que faz que a pessoa creia ofender a Deus em todas as suas ações e nunca se quitar dos seus deveres assaz perfeitamente.
Enfim, o escrúpulo, dizem os autores da Ciência do confessor, é uma dúvida que não é fundada, ou que só o é mui ligei­ramente, e que perturba a consciência e a enche de inquietações. É um vão ter­ror, um receio extremado de achar pecado onde realmente não o há, nascendo daí na alma uma angústia que a torna irresoluta e inquieta.

CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS - Final

Nota do blogue: Grifos e negritos meus. Com esse post encerro esse especial que pode ser visto completo AQUI. Agradeço imensamente a Deus por me agraciar com tal obra: curta, simples e riquíssima. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado.

Indigna escrava do Crucificado e da SS. Virgem,
Letícia de Paula

CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS


Composto por
Santo Afonso de Maria Ligório 
e publicado na língua portuguesa pelo 
Revmo. Padre Thomaz Hurst
1913

Final

Enfim, também nos graus de graças e glória é preciso uniformarmo-nos com o di­vino querer: devemos estimar aquelas coi­sas, que pertencem à gloria de Deus, mas devemos estimar ainda mais a Sua divina vontade: devemos desejar amá-lO mais que os Serafins; mas não devemos desejar maior grau de amor, que não seja aquele que o Senhor tem determinado conceder-nos. O padre Ávila diz (Audi. filia. C. 22.) «Eu creio que os Santos desejariam ser ainda melhores do que foram; porém esses dese­jos não perturbavam a paz de suas almas, porque eles, se assim o desejavam, não era por motivos de próprio interesse, mas para glória de Deus, a cujas distribuições se submetiam, ainda que Ele menos lhes desse; estimando como perfeito amor o estarem satisfeitos com o que Deus lhes tinha dado, e não apetecendo mais».

Sequência dos textos sobre as almas do purgatório

Fonte: Core Catholica

Exercícios Espirituais para Crianças - PARTE SEGUNDA (Via iluminativa) - III- A HUMILDADE

Nota do blogue: Acompanhe esse Especial AQUI.
Fr. Manuel Sancho, 
Exercícios Espirituais para Crianças
1955
PARTE SEGUNDA A Imitação de Cristo
(Via iluminativa)


III- A HUMILDADE

1. Humildade de Cristo ao fazer-Se homem. — O que seja humildade. — 3. O amor próprio e a humildade. — 4. Três graus de humildade. — 5. A vanglória. — 6. Prática da humildade: a) Conhecimento próprio; b) Desejos de humilhação; c) Prática da humilhação; d) O terceiro grau de humildade. — 7. Vários conselhos.

1. — De propósito toquei só de passagem na questão da humildade de Cristo, como fruto da anterior consideração do Seu Nascimento. Esta virtude tão necessária reclamava explicação à parte.

Já vos disse como ela brilha de modo especial na encarnação e nascimento de Cristo. Deus não podia tê-la, pois Deus humilhar-Se como Deus seria impossível: Deus é Deus, é infinito, é o que é; querer ser menos como Deus, seria não ser Deus, seria abdicar da Sua realeza: isto não pode ser. Mas, como Ele viu que o homem caíra por soberba, por querer ser mais do que era, era preciso ensinar-lhe com o exemplo a querer ser menos. Que faz então Deus para isso? Já que não pode humilhar-se como Deus, toma carne humana e nasce de Maria Virgem. Então, vestido da nossa carne, foi tão humilde, e a tais extremos chegou nesta virtude, que, além de se encarnar e nascer como nasceu, mais tarde sofreu desprezos e humilhações sem conta e foi feito o ludíbrio e escárnio da plebe. Grande deve ser esta virtude, e necessária em demasia, para que o Filho de Deus a pratique com tais extremos. Amai-a como Jesus a amou.

sábado, 23 de novembro de 2013

CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS - Parte 12

Nota do blogue: Grifos e negritos meus. Acompanhe esse Especial AQUI.

CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS


Composto por
Santo Afonso de Maria Ligório 
e publicado na língua portuguesa pelo 
Revmo. Padre Thomaz Hurst
1913

XII.

Finalmente devemos unir-nos à vontade de Deus, no que toca à nossa morte, tanto no tempo, como na maneira que Deus te­nha determinado que ela nos chegue. Santa Gertrudes (I. I. Vita. C. 11.) subindo uma vez a um monte, perdeu o equilíbrio e caiu em um vale. Suas companheiras pergun­taram-lhe senão temia morrer sem os sacramentos? Ao que a Santa respondeu: «Eu tenho grande desejo de morrer com os Sacramentos, porém deixo isso à vontade de Deus, porque a melhor disposição para a morte é voluntariamente submeter-nos ao que Deus tiver determinado; por tanto de­sejo a morte, que o Senhor for servido en­viar-me.»

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A Mãe segundo a vontade de Deus/ IX- Do horror do pecado mortal

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

A Mãe segundo a vontade de Deus ou Deveres da Mãe Cristã para com os seus filhos, 
do célebre Padre J. Berthier, M.S
Edição de 1927


IX- Do horror do pecado mortal

O mal que uma grossa saraivada produz num formoso campo de trigo, e que um furacão produz numa árvore cheia de flores, o mesmo mal produz o pecado mortal na infância. Ficai-o sabendo, ó mães cristãs, tanto para interesse de vossos filhos, como para vosso próprio interesse,— «há só uma desgraça séria e temível, uma única prova terrível: o pecado. Os laços que os inimigos nos estendem, os ódios com que nos perseguem, as injustiças, as calúnias, a espoliação de nossos bens, o exílio, as guerras, as tempestades do mar, o terramoto do mundo inteiro, tudo isso é nada. Todos esses males são momentâ­neos; apenas prejudicam o corpo, mas não fazem mal à alma. Mas o pecado mortal rouba-nos a amizade de Deus, e prepara-nos a eterna condena­ção. 

CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS - Parte 11

Nota do blogue: Grifos e negritos meus. Acompanhe esse Especial AQUI.

CONFORMIDADE COM A VONTADE DE DEUS


Composto por
Santo Afonso de Maria Ligório 
e publicado na língua portuguesa pelo 
Revmo. Padre Thomaz Hurst
1913

XI.

Mas devemos também persuadir-nos, que a secura espiritual não é sempre um cas­tigo, mas muitas vezes disposição de Deus para nosso maior bem, e também para nos conservar humildes. Em ordem a que São Paulo se não tornasse vaidoso, com as mercês que tinha recebido, permitiu o Senhor que ele fosse molestado com tentações de impureza: «E para que a grandeza das revela­ções me não exaltasse, me foi dado e es­tímulo de minha carne, anjo de Satanás, para atormentar-me.» (2 Cor. XII 7.) Aquele que ora a Deus com espiritual do­çura e deleite, bem pouco faz. «É um amigo e companheiro à mesa, mas me deixará no dia de aflição.» (Ecl. VI. 10.) Vós não considerais como verdadeiro amigo, aquele que só vier à vossa mesa, e tomar parte em vossos divertimentos; mas sim aquele que vos vem valer nos trabalhos, e vos acudir nas tribulações, sem que disso tire vantagem própria.