sexta-feira, 26 de abril de 2013

Doutrina Cristã - Parte 41

Nota do blogue: Acompanhar esse Especial AQUI.

Monsenhor Francisco Pascucci, 1935, Doutrina Cristã, 
tradução por Padre Armando Guerrazzi, 2.ª Edição, biblioteca Anchieta.

III. — ATOS DO CULTO

            São atos principais do culto público: — a santa Missa — o Ofício divino — a administração dos sa­cramentos — as bênçãos — as procissões religiosas — as exéquias.

1.º A SANTA MISSA
Noções fundamentais

            19. - Ato central do culto católico é o sacri­fício da Missa, no qual Jesus, Pontífice eterno de nos­sa fé, por meio dos seus sacerdotes, se oferece, em­bora de modo incruento, ao eterno Pai pela salvação do mundo, assim como Ele Se ofereceu no Calvário no dia da Parasceve ou sexta-feira santa.
            Ponto culminante na vida da Igreja, a sacra li­turgia o revestiu das mais esplêndidas formas, de mo­do que a santa Missa, especialmente quando celebra­da em rito solene, com assistência de ministros sagrados, que circundam o celebrante, as sacras melo­dias e as cerimônias prescritas, — constitui uma espécie de drama sacro de encantadora beleza e sugestão.
            Considerada sob esse aspecto geral, a santa Mis­sa compõe-se de fórmulas de orações e cerimônias.
            As fórmulas de oração são de duas espécies: umas, invariáveis, isto é, iguais em todas as missas; consti­tuem o que se chama o Ordinário da Missa. Outras, variáveis, — segundo os diversos tempos ou as diver­sas festas; as próprias de uma festa ou comuns a mais de uma. Temos assim no Missal o Próprio do Tempo, o Próprio dos Santos e o Comum dos Santos.
            As cerimônias (inclinações, genuflexões, atitudes das mãos, dos olhos, etc.) têm um significado moral e místico. São determinadas pelas rubricas, assim chamadas porque escritas em vermelho no Missal.
            Antigamente, a Missa dividia-se em Missa dos catecúmenos e Missa dos fiéis. A primeira chegava ao ofertório, à qual podiam também assistir os catecúmenos (que se preparavam para receber o batismo) e algumas classes de penitentes, ao depois, despedidos pelo Diácono. O restante era chamado Missa dos fiéis, porque participavam dela só os batizados.

Partes principais

            20. - Podemos dividir a missa em seis partes principais: a) a preparação ao sacrifício; b) a instrução; c) a oferta; d) o cânon; e) a comunhão; f) a ação de graças.

Preparação

            21. - O sacerdote, aos pés do altar, com o Salmo Judica Me e o Confiteor, reconhece a própria in­dignidade e fraqueza, mas, confiando na misericórdia ao Senhor e na intercessão dos santos, cujas relíquias estão encerradas na mesa, sobe ao altar, implorando de Deus o perdão.
            Passa para o lado esquerdo do altar e lê o Introito (dois versículos e Gloria Patri), que nas missas solenes se canta durante a confissão do sacerdote. An­tigamente, era um salmo mais ou menos longo, que se cantava enquanto o celebrante ia profissionalmente da Sacristia ao altar. Daí, Introito, ou entra­da. Depois do introito, o sacerdote no meio do Altar recita uma tríplice invocação às três pessoas da S. S. Trindade, em língua grega (Kyrie eleison, Christe elei­son, Kyrie eleison) e, a seguir, Gloria in excelsis, cân­tico de alegria e louvor, que se omite em tempo de luto e penitência. Saudados os fiéis com o Dominus vobiscum e convidados a rezar (Oremus), recita as orações ou coletas, assim designadas, porque resu­mem os pedidos que o sacerdote apresenta a Deus em nome dos fiéis reunidos.

Instrução

            22. - Esta parte compreende:

a)      a Epístola, extraída do Antigo ou Novo Tes­tamento. Antigamente eram essas lições mais lon­gas e numerosas, como há disto memória nas missas do sábado das Quatro Têmporas;
b)      o Gradual com Alleluia, ou o Tractus, constam de alguns versículos outrora cantados nos degraus do púlpito. São por vezes seguidos da Sequencia, espécie de hino rimado, como ocorre nos dias de Páscoa, de Pentecostes, do Corpo de Deus, etc.;
c)      o Evangelho, que nos dias festivos os párocos explicam e comentam aos fiéis com a Homilia;
d)     o Credo ou Símbolo Niceno-Constantinopolitano, que certas vezes se omite.

Oferta ou oblação

            23. - Saudado novamente o povo com o Dominus Vobiscum, convidando-o a rezar (Oremus), o sacer­dote recita uma antífona, que leva o nome de Ofertorio; antigamente se cantava, enquanto os fiéis faziam a oferta do pão e do vinho para o sacrifício e as ofertas aos pobres, às viúvas, ao clero e às di­versas obras da Igreja. O sacerdote, então, descobre o cálice e oferece ao Senhor sucessivamente a hós­tia na patena e o cálice, com o vinho, no qual derra­ma algumas gotas de água, para recordar o sangue e água que saíram do costado de Nosso Senhor e simbolizam a união da natureza divina com a natu­reza humana em Jesus Cristo ou ainda a união do povo cristão, que Jesus Cristo associa a Seu próprio sacrifício.
            Lava, depois, as mãos, a fim de lembrar a inocência necessária para se aproximar do altar, e con­vida os fiéis à oração com o Orate fratres. O sacerdote recita algumas orações ou secretas, porque, ditas em surdina, nelas implora do Senhor acolha as ofertas dos fiéis e lhas troque pelas graças divinas.

Cânon

            24. - Com conclusão das secretas, o sacerdote convida os fiéis a levantarem o coração a Deus (Sursum corda). Recita, então, o Prefacio ou introdução ao Cânon, hino de ação de graças, onde enumera os títulos que o Senhor tem ao nosso reconhecimento.
            Termina este com o Sanctus ou Trisagio, hino triunfal em honra à Divindade. Isaias o ouvira cantar pelos Serafins diante do trono do Altíssimo.
            Segue-se o Cânon propriamente dito. Vai do Sanctus ao Pater Noster e compreende as orações an­tes, no decurso e depois da consagração. Diz-se Cânon ou regra, porque encerra a ordem ritual da consagração eucarística. É um complexo de orações devotas que o sacerdote recita com voz submissa, mãos estendidas, em ato de orante. Primeiro, conjura o Pai das misericórdias a aceitar a oferta a ser-lhe apresentada: depois, recordando-se da Igreja, de que é ministro e representante, invoca as bênçãos de Deus sobre o Sumo Pontífice, sobre o Bispo e sobre os fiéis vivos, cuja lembrança especial ou memento faz ali.
            Para dar maior eficácia à sua súplica, invoca o auxílio da Igreja triunfante, da B. Virgem Ma­ria, dos Apóstolos e dos mais celebres mártires de Roma. Traça várias vezes o sinal da cruz sobre a hós­tia e o vinho, invocando a onipotência de Deus pa­ra mudá-los no corpo e no sangue de Jesus Cristo. E eis-nos já na parte essencial da Missa: — a consa­gração.
            O sacerdote, em nome de Jesus Cristo, pronuncia sobre as oblatas a fórmula sacramental, isto é, as palavras proferidas por Jesus Cristo na última ceia sobre o pão e o vinho, e realiza-se desfarte a transubstanciação, ou a conversão do pão no corpo e do vinho no sangue de Nosso Senhor. Apenas consagrados os Divinos mistérios, o ministro sagrado se prostra adorando-os e os ergue ao alto, à vista do povo, para que os adore genuflexo e profundamente inclinado.
            Seguem-se várias orações, em que o sacerdote, co­mo rezara antes pelos vivos, reza agora pelos que o precederam e dormem o sono da paz. Pede, ainda, por si e pelos assistentes para que sejam um dia as­sociados aos santos na glória, enunciando o nome dos mais celebres mártires de um e de outro sexo.

Comunhão

            25. - Parte integrante do sacrifício eucarístico é a Comunhão. O sacerdote, depois de breve exorto, recita o Pater Noster e em voz baixa a prece Libera nos para obter a libertação de todos os males passados, presentes e futuros e o beneficio da paz di­vina. Segue-se a fracção da santa hóstia, que, ao pas­so que simboliza a morte violenta do Cordeiro divino, era antigamente sugerida pela necessidade de fragmentar-se o pão eucarístico em muitas partes pe­queninas para a comunhão do povo.
            Uma pequena parte da hóstia é posta no cálice, a fim de indicar a reunião da alma e do corpo, da carne e do sangue na Ressurreição. Vêm, depois, o Agnus Dei e algumas orações, em cuja primeira o sacerdote implora a paz; e nesse ponto, nas missas solenes, troca-se o ósculo da paz entre o sacerdote e os ministros sacros. Confessada a própria indignida­de, o sacerdote comunga do Corpo santíssimo e do precioso sangue de Jesus Cristo. Depois disto, efetua-se a comunhão dos fiéis. Outrora se fazia sob as duas espécies, mas, no século XIII, foi reduzida só à espécie do pão. Para que não reste nenhuma gota do Sangue precioso e nenhum fragmento da santa Hóstia, prescreve a rubrica duas abluções, uma de vi­nho somente e a outra de vinho e água.

Ação de graças

            26. - O sacerdote, cobrindo o cálice, lê um ver­sículo chamado Communio, que recorda o salmo can­tado, tempos idos, durante a comunhão dos fiéis.
            Saudado o povo com o Dominus vobiscum, recita algumas orações de agradecimento, ditas Post-communio. Seguem-se nova saudação aos fiéis e o Ite, Missa est, palavras que significam: Ide, foi despacha­da. Outras vezes diz-se: Benedicamus Domino (bendigamos ao Senhor) — e nas missas dos Defuntos: — Requiescant in pace (repousem em paz). — O sacer­dote, após uma oração à S. S. Trindade, dá ao povo a bênção, que se omite nas missas de finados. Reci­ta, por último, o princípio do Evangelho de São João, ou qualquer trecho do Evangelho, segundo as circunstâncias.
            No fim, depois das missas rezadas, se acrescentam algumas orações prescritas por Leão XIII e Pio X, orações que o atual Pontífice Pio XI quer se apliquem a obter do Senhor a paz religiosa na Rússia.

2.º — Ofício divino

            27. - Ato do culto público é também o Ofício divino, oração vocal que a Igreja prescreve ser diariamente recitada, em horas estabelecidas, por pessoas designadas para isso, isto é, pelos que receberam o Subdiaconato ou estejam investidos de um beneficio eclesiástico ou hajam emitido a profissão em um Instituto religioso, com essa obrigação.
            O Ofício divino, em substância, remonta aos tem­pos apostólicos. Lemos, de feito, nos Atos dos Apóstolos, que o Espírito Santo descera enquanto oravam na hora de tercia; que São Pedro subira à parte supe­rior da casa à hora de sexta; que Pedro e João subiam ao templo à hora nona, para a oração etc. Quanto à forma, no princípio, não havia regra: recitavam-se os salmos e os hinos, e lia-se a S. Escritura. Mais tarde, essas orações foram coordenadas paulatinamen­te com regras precisas, em livros, que se chamaram breviários ou compêndios das fórmulas de orações a ser recitadas e das rubricas a se observar em tal recitação.
            O divino Ofício divide-se em noturno e diurno, e compreende sete horas. O noturno é constituído de Matinas e Laudes: o diurno, das horas ditas me­nores, isto é, Prima, Tercia, Sexta e Nôa, além das Vésperas e Completas.
            O Ofício divino compõe-se do Saltério, isto é, da coleção de 150 salmos davídicos, distribuídos pelas várias horas dos sete dias da semana; de lições extraídas da Sagrada Escritura, do Velho e Novo Testamento; de trechos do Evangelho, com homilias de algum santo doutor; de resumos da vida dos san­tos; de hinos, versículos, antífonas e preces (oremus), tudo harmonicamente distribuído de modo a constituir, não só uma oração súplice ao Senhor, mas ensino e alimento espiritual para os que, recitam.

3.º — Administração dos Sacramentos
Ritos e preces para cada Sacramento

            28. - A Igreja na administração dos sacramen­tos acompanha a parte essencial, estabelecida por Nosso Senhor Jesus Cristo, e por isso invariável, de ritos especiais e orações, para melhor fazer-lhes compreender a essência e a eficácia.

  • BATISMO — Esse ato solene, inicial da vida cristã, é acompanhado de preces magníficas e ritos expressivos. A Igreja começa por dispôr a alma do candidato ao Batismo, expulsando-lhe o demônio, que imperava pelo pecado original. O sacerdote as­sopra ao rosto do candidato, para significar que o Espírito de Deus já o vai dispondo a acolher a graça da regeneração cristã. Nos lábios do aspirante coloca um grãozinho de sal, para exprimir a divina Sa­bedoria do Evangelho que doravante deverá informar-lhe a vida. Segue-se a renuncia formal ao demônio e às suas obras pecaminosas, que o candidato pronun­cia antes de ser admitido a confessar solenemente o símbolo da fé. O sacerdote unge com óleo bento, dito por isso mesmo dos catecúmenos, o peito e as espáduas do batizando, para que a divina graça lhe torne fácil e suave o exercício das virtudes evangéli­cas. Confere-se, então, o batismo derramando água três vezes sobre a cabeça do eleito, em nome do Pa­dre e do Filho e do Espírito Santo. O sagrado rito acaba pela unção do sacro Crisma à cabeça do no­vo cristão, pela imposição da veste cândida, símbolo da inocência que ele deve conservar até à morte, e pela entrega do círio acesso, símbolo da fé.
  • CRISMA. — O Bispo, ministro ordinário desse Sacramento, tendo as mãos estendida sobre a testa do crismando, invoca o Espírito Santo, para que lhe desça à alma a enchente dos sete divinos dons; unge-lhe depois a fronte com o Sagrado Crisma e dá pe­quenina palmada à face do crismando, como para o exercitar às lutas que, soldado de Jesus Cristo, deverá suster contra os inimigos da alma; conclui, por fim, o sacro rito implorando o Divino Espírito pa­ra tornar a alma do crismando um templo sacro de Deus. 
  • EUCARISTIA. — Quando falamos da Santa Missa, vimos os ritos que acompanham a oferta do sacrifício da nova lei, pela qual Jesus perpetua Sua permanência entre nós.A Eucaristia conserva-se, efetivamente, nos templos sacros para estar sempre à disposição dos fiéis que lhe querem prestar adoração, especialmente na ocasião das exposições solenes ou procissões eucarísticas. De modo particular, a Santíssima Eucaristia conserva-se para a comodidade dos que se acham em perigo de morte. A comunhão, que estes recebem, tem o nome consolador de viático, porque Jesus com a sua visita vem sustentar as forças espirituais do moribundo na perigosa viagem do tempo à eternidade.
  • PENITÊNCIA. — Esse sacramento se administra regularmente na igreja, no lugar estabelecido para se ouvirem confissões, chamado confessionário, ou tribu­nal de penitência, porque o sacerdote ali exerce o ofício de juiz. O sacerdote, em sinal do seu poder espiri­tual, se reveste da estola de cor roxa, símbolo da pe­nitência. À formula de absolvição, em virtude da qual se realiza por instituição divina a remissão dos pecados, faz preceder e seguir outras devotas preces, estabelecidas pela Igreja.
  • EXTREMA UNÇÃO. — Para conferir esse sacramento, ungem-se com o óleo dos enfermos, bento pelo Bispo na Quinta feita santa, os órgãos principais dos sentidos, seja porque representam, a bem dizer, a sede das várias doenças corporais, cuja salvação se quer impetrar de Deus pela eficácia do sacramento, seja porque os sentidos são comumente os veículos por meio dos quais a alma se aparta de Deus para buscar a sua satisfação nos prazeres corporais. Os efeitos desse sacramento, tanto para a alma quanto para o corpo, são admiravelmente expressos nas ora­ções que acompanham e seguem as opções.
  • ORDEM SACRA. — As ordens maiores (presbiterado, diaconato e subdiaconato), as menores (ostiarado, leitorado, exorcistado, acolitado), e a tonsura, cerimônia eclesiástica de adscrição ao Clero, são solenemente conferidas nos Sábados das Quatro Têmporas, no Sábado anterior à Dominga da Paixão e no Sábado Santo, durante a Missa celebrada pelo Bispo, na qual os novos sacerdotes são imediatamente admitidos a consagrar juntamente com o Bis­po a Santa Eucaristia.           A colação das ordens vem acompanhada de uma série de orações, exortações e cerimônias, dirigidas para lembrar aos fiéis, especialmente aos que recebem as ordens, a grande dignidade do sacerdócio; os deve­res que impõe e a necessidade do auxílio divino para lhe corresponder.
  • MATRIMÔNIO. — Ministros deste sacramento são os próprios cônjuges. O sacerdote assiste como testemunha principal, autorizada e exigida pela auto­ridade da Igreja. Ele benze o anel nupcial, símbolo da fé que os esposos juram manter um ao outro. O rito é acompanhado da celebração do sacrifício divi­no, durante o qual o ministro de Deus invoca sobre a nova esposa a enchente das divinas bênçãos de virtude, graças, fecunda prosperidade e dilatada vida.
4.º — Bênçãos
Varias espécies de bênçãos

            29. - Sob esse título compreendemos:
            1.º- A Bênção com o SSmo. Sacramento, que soe dar-se em forma solene com o Ostensório ou em for­ma privada com a Hóstia Santa encerrada na pyxide.
            2.º- As fórmulas das outras bênçãos se encon­tram no Missal, no Pontifical e no Ritual. São atos de culto ou cerimônias eclesiásticas, pelos quais, me­diante orações nesse sentido, se invoca a graça de Deus e o auxílio divino sobre qualquer pessoa ou coisa.
            Assim por ex. a bênção dos Abades, a bênção das casas, a bênção das velas, das palmas, das cinzas, etc.
            São sacramentais; por isso, o seu efeito depen­de principalmente da vontade de Deus, mas, em par­te, também das nossas disposições.

5.º — Procissões
Procissões ordinárias e extraordinárias

            30. - As procissões são cortejos religiosos em que eclesiásticos e leigos procedem ordenada e devotamente, precedidos da cruz, recitando orações e cânticos sacros, para o quádruplo fim de louvar, agra­decer, aplacar ao Senhor e implorar-Lhe graças.
            As procissões podem ser ordinárias e extraordinárias. Ordinárias, as que se fazem cada ano em dias determinados e prescritos pelas Rubricas, como na bênção das velas na festa da Purificação da Virgem Maria (2 de Fevereiro), na bênção das palmas na Dominga de Ramos, nas Ladainhas maiores na festa de São Marcos (25 de Abril), nas Ladainhas menores ou Rogações nos três dias precedentes à festa da Ascensão e em honra do Santíssimo Sacramento na festa do Corpus Domini.
            Extraordinárias são as ordenadas por uma causa transitória, como para implorar a chuva, fazer cessar qualquer flagelo, honrar as relíquias de um santo, etc.

Exéquias
Cerimônias fúnebres

            31. - São atos de culto público, também, as Exéquias ou Funerais, cerimônias com que a Igreja circunda de todas as honras os restos mortais de seus filhos, mortos no ósculo da paz. O clero os acompanha, da casa à igreja, com a recitação dos salmos: sobre o cadáver, deposto no meio da igreja e circundado de círios, símbolo da fé, celebra as exéquias, chamadas também absolvição, aspergindo-o com água benta; e finalmente o conduz ao cemitério com a ora­ção augural suplicando que os Anjos lhe conduzam a alma ao paraíso. Muitas vezes, antes das exéquias, recita-se o ofício dos mortos ou celebra-se a missa de Requiem.