segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

2. - Qualidades da esperança


Cônego Júlio Antônio dos Santos
O Crucifixo, meu livro de estudos - 1950


1 - A esperança deve ser firme

À firme convicção de que Deus é infinitamente bom, misericordioso e fiel, e de que Jesus Cristo nos mereceu todos os bens, chama-se confiança de Deus. Esta virtude é a raiz da esperança. Quanto mais vigorosa for esta raiz, mais firme é a nossa esperança.

2 - A esperança deve ser constante

Devemos ter esperança em Deus, em todas as circunstâncias da nossa vida, mas, sobretudo, nas tentações: Deus não deixa tentar acima das nossas forças; - nas aflições: Deus mede a pena ou a expiação pelas forças de cada um; - nas privações: Deus não abandona os Seus. "Remetei para o Senhor todas as vossas inquietações, diz São Paulo, porque Ele tem cuidado de vós." (I Ped. V, 7).

3 - A esperança deve ser prudente

O justo deve esperar. Deus proverá a todas as suas necessidades, contanto que seja fiel a graça e se esforce por adquirir os bens que espera de Deus. "Buscai primeiramente o reino de Deus e a Sua justiça, diz Jesus Cristo, e tudo o mais vos será dado por acréscimo." "Nunca vi o justo abandonado, diz o profeta David, nem a sua raça mendigando pão."
- O pecador pode ter esperança em Deus quando se arrepende sinceramente dos seus pecados. "Deus, diz ainda o profeta David, não despreza um coração contrito e humilhado."
Ninguém deve expor-se à tentação sob pretexto de que Deus o livrará nem pensar que se há de salvar só porque Jesus Cristo morreu pela sua salvação.