sábado, 15 de outubro de 2011

Viva Santa Teresa d'Ávila!

Nota do blogue: Hoje a Igreja comemora o dia de Santa Teresa d'Ávila, coloco um trecho do Missal, uma poesia que generosamente a Rosane -- uma amiga leitora e devota desta santa -- enviou para o blogue (agradeço o envio) e links para poesias já publicadas aqui. Viva Santa Teresa d'Avila!

15 de Outubro
S. Teresa, Virgem


Nasceu em Ávila, na Espanha, e foi desde pequena dominada pelo desejo do martírio. Aos 18 anos entrou no Carmelo da Incarnação (Ávila) que reformou, não obstante as dificuldades sem conta que teve de superar. Coadjuvada por São João da Cruz, empreendeu depois a reforma das demais casas da Ordem, que de modo geral responderam ao seu apelo. No arroubo de amor divino que constituía a atmosfera permanente em que vivia, impôs-se o voto de fazer sempre o que julgasse mais perfeito. "Como a alma sente no corpo o cativeiro e a miséria da vida! Sente-se uma escrava vendida para um país estrangeiro" - escrevia ela. Elevou-se pela oração ao mais alto grau da vida mística e era nesse exercício que hauria particulares luzes sobre a ciência católica, a ponto de ser com freqüência equiparada pelos Sumos Pontífices aos mais remontados Doutores da Igreja. "A oração mais bem feita e mais agradável a Deus é a que nos deixa na alma efeitos  mais salutares, que se conhecem pelos frutos que dão e não pelos sentimentos que despertam". A ação desta humilde virgem, que só por si converteu milhares de almas, basta para demonstrar o papel preponderante que à vida contemplativa cabe na reintegração do nosso tempo. Morreu no dia 15 de Outubro de 1582.

(Missal Quotidiano e Vesperal por Dom Gaspar Lefebvre, 1952)


Formosura de Deus

Formosura que excedeis 
A todas as formosuras,
Sem ferir, que dor fazeis!
E sem magoar desfazeis
O amor pelas criaturas!

Ó Laço que assim juntais 
Dois seres tão diferentes,
Por que é que vos desatais
Se, atado, em gozos trocais
As dores as mais pungentes?

Ao que não tem ser, juntais
Com quem é Ser por essência;
Sem acabar, acabais;
Sem ter o que amar, amais;
E nos ergueis da indigência.


Poesias já publicadas