terça-feira, 29 de junho de 2010

Mão firme

Mão firme



É necessário dizer aqui algumas palavras sobre a disciplina e a autoridade. O apóstolo Paulo escrevia:

"Educai os vossos filhos numa severa disciplina".

"Um filho que na juventude foi criado sem disciplina traz a desonra para a sua mãe".

"Se tiveres filhos, educa-os desde os primeiros anos. O coração da criança inclina-se para o mal, mas a disciplina rigorosa leva-os para o bem".

A Igreja reprovou sempre o pensamento naturalista que entrega a criança à sua própria iniciativa e que, em vez de levar à liberdade dos filhos de Deus, leva à escravidão das paixões. É um erro extraordinariamente perigoso pensar que a criança será boa se se lhe permitir crescer de uma maneira natural. Na realidade acaba por ser um autêntico selvagem...

Um bloco de mármore precisa de um duro cinzel para vir a ser uma obra de arte e as mãos da mãe têm de ser enérgicas para cinzelar o espírito do filho.

Christoph Schmid (1768-1854) conta que a mãe tinha habituado os cinco filhos a comer qualquer alimento. "Há pessoas adultas - dizia-lhes ela - que não podem comer desta carne ou daquela verdura apesar de terem boa saúde e é sintoma de que não receberam uma boa educação porque esses costumes devem ser arrancados desde o princípio. Fora das refeições, não nos permitia comer e não nos dava nada para mordiscar de vez em quando".

Depois do sol posto, os filhos nada têm que fazer na rua. A partir dessa hora, as ruas pertencem às forças do mal e nada de bom podem aprender se andarem a divagar por elas. Mesmo nos jogos, a mãe deve estabelecer uma certa ordem e um certo sentido de disciplina. Quando o filho, nas suas corridas pela casa, tropeça com as mesas ou com as cadeiras, a mãe não deve chamar "má" à mesa ou "estúpidas" às cadeiras. A criança deve aprender a saber sofrer um pouco e a ter mais cuidado no futuro. A demasiada compaixão é prejudicial.

(Excertos do livro: A mãe, pelo Cardeal Mindszenty)

PS: Grifos meus.